Centro Acadêmico de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte - CAENF

A segunda gestão (2012.2/2013.2) do Centro de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte (CAENF-FJN), entidade representativa dos estudantes do curso de graduação de Enfermagem, visa a transparência e a garantia de liberdade e pluralidade de idéias, assegurando a total legitimidade e representatividade dos acadêmicos em prol de interesses comuns ao corpo discente, docente, técnico-administrativo da FJN e a comunidade em geral.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O Diretor Geral da FACULDADE DE JUAZEIRO DO NORTE – FJN, no uso de suas 

atribuições regimentais, em parceria com NUEP – Núcleo de Extensão e Pesquisa, torna 

público as datas para submissão de artigos científicos para a primeira edição da REVISTA 

VISÃO UNIVERSITÁRIA periódico científico da instituição.
Veja aqui o edital:

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Notícias:


 Em breve: seleção para membros do CAENF-FJN

  
O Centro Acadêmico de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte estará em breve divulgando o edital para processo seletivo a fim de admitir novos membros para a composição do mesmo. 

O Centro Acadêmico é um órgão deliberativo, autônomo, que trabalha com parcerias, visando buscar melhorias para os estudantes, o corpo docente e os demais profissionais que compõe a IES.

Os selecionados receberão ao final da gestão, certificado constando sua participação em órgão colegiado, contribuindo, entre outras coisas, para a carga horária complementar e certificação de títulos.

Fiquem atentos! O edital, bem como informações adicionais, será divulgado no blog e no site da FJN. Acessem: www.portalinfoenfe.blospot.com e www.fjn.edu.br

Erros de Enfermagem: Regra ou Exceção?

A enfermagem é uma profissão que ao longo dos anos vem conquistando seu espaço na área de saúde. Motivada pelo avanço técnico-científico e aumento da demanda dos serviços de saúde, amplia suas atividades e autonomia em relação aos procedimentos e com isso assume mais responsabilidades com os cliente/pacientes.
Nos últimos anos a oferta do número de cursos de Enfermagem aumentou, mas nem todos com a qualidade necessária para preparar os profissionais para a atuação, refletindo, portanto, no número de profissionais despreparados disponíveis no mercado de trabalho. A mídia tem divulgado o crescente número de erros cometidos principalmente por técnicos e auxiliares de enfermagem já que permanecem mais tempo prestando assistência direta ao paciente e são a maioria na profissão.
O Código de Ética que regulamenta o exercício profissional diz que a Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano. A assistência deve ser livre de danos decorrentes de imperícia, imprudência e negligência e o profissional deve manter-se atualizado e principalmente responsabilizar-se pela falta cometida, seja individual ou em equipe.
No entanto, por imperícia ou imprudência, erros na maioria das vezes fatais, ocorrem durante procedimentos simples, ou seja, o profissional realiza a técnica sem habilidade e competência para fazê-la ou ainda realizando-a de forma desatenta ou insensata, pondo em risco a segurança e a qualidade da assistência que presta ao cliente. Mas afinal a quem culpar?
É certo que a estrutura dos locais de trabalho principalmente na rede pública de saúde é precária, somando-se a isso, sobrecarga de trabalho, estresse e baixa remuneração... Mas isso não isenta a culpa. A ocorrência de erros e infrações se dá principalmente por falta de informação e conhecimento pelo profissional, despreparo diante de competências e atribuições, falta de experiência e treinamento admissional.
Por fim, as penalidades podem não funcionar efetivamente como condutas preventivas, uma vez que o erro já foi cometido. O poder público deve investir na qualidade da estrutura dos estabelecimentos de saúde, na qualificação permanente de todos os profissionais e remuneração compatível com a jornada de trabalho. Além disso, é importante fiscalizar e vetar a abertura de cursos técnicos e superiores sem condições de funcionamento, evita a banalização e desvalorização dos cursos de enfermagem.
E finalmente a assistência de enfermagem deve ser entendida como um trabalho em equipe, sem disputas. Cabe ao profissional conhecer o Código de Ética de Enfermagem e atuar de acordo com os seus deveres e responsabilidades e afinal ter diploma de um curso técnico ou de graduação apenas não é suficiente, se não houver formação moral, se não houver a consciência de que ao lidar com vidas, qualquer ato por banal que seja pode ser a diferença entre a vida e a morte do paciente.
Escrito por: Mônica Fonseca Leite
(Enfermagem - 7º Semestre)

Pergunta do Mês



Você atribui as falhas cometidos pelos profissionais de Enfermagem à:incompetência, falta de conhecimento acomodação ou por falha do sistema de ensino ou à falta de estrutura e incentivos aos profissionais? Por quê?






Escreva sua resposta e envie-nos. As melhores respostas serão publicadas na próxima edição.


O que gerenciamento incompetente, corrupção e o caos da saúde têm em comum? São retratos do Brasil.

 A cara do Brasil de hoje é a do doente estendido na maca, esquecido no corredor. Não é esta uma das imagens que mais vemos, nos jornais e na Tv? A dos doentes abandonados, em cantos de hospitais? Revoltosos pela falta de atendimento médico ou indignados pela lentidão do sistema? Pois esta é a cara do Brasil.
Esta é a cara. Indague-se agora: e o que há por trás da cara? A reposta é: um problema de falta de pontaria. Por trás dessa triste cara do Brasil, país do bom basquete, onde brilharam Janeth dos Santos e Oscar Schmid, repousa um problema de falta de pontaria.
É o que veremos, mas antes tenha-se em mente que coisa devastadora podem ser as imagens que definem certos momentos de certos países. Pense-se na África. Imagem: crianças subnutridas. Pense-se no Haiti, do terremoto. Imagem: prédios virando pó... cadáveres sob escombros. Pense-se no Japão do tsunami. Imagem: lares totalmente arruinados e vidas arrasadas. Pois a imagem do Brasil de hoje é a do doente escanteado e desassistido.
Chegamos a um ponto, e isso é o que se quer enfatizar aqui, em que a desculpa da falta de verbas tem cheiro de história mal contada. Mais importante é a questão já enunciada, e que agora passaremos a detalhar: a falta de pontaria.
O que existe é uma dramática falta de pontaria por parte das verbas públicas. Sabe-se muito bem de onde elas saem, ou seja, dos cofres públicos, e em última análise do bolso do contribuinte. Mas nunca se sabe ao certo qual o ponto final da viagem. Teimosamente, elas insistem em não cair na caçapa a que se destinavam.
Volte-se ao caso dos hospitais. Tudo bem? Mas o que acontece realmente? Simples: a verba começa uma louca viagem, e pode acabar no bolso de um traficante que alega fazer, com uma equipe de sete médicos, quinhentos partos por dia. Quer dizer: deu-se o problema da falta de pontaria. Sair a verba saiu. Mas errou o alvo e caiu no bolso errado.
Mais do que falta de recursos, o que se tem hoje no país é um escabroso desrespeito pelo dinheiro e o bem público. Em consequência, os serviços públicos sofrem efeitos tão arrasadores como o terremoto no Haiti, o tsunami do Japão ou a subnutrição na África. E o Brasil fica com a sina de ter no doente esquecido no corredor ou desassistido uma imagem mais fiel, para defini-lo, do que a cachaça, o futebol e o samba.
Não se pode negar que as sociedades em sua absoluta maioria, padecem dos males da falta de planejamento, da incompetência gerencial e da carência de serviços básicos aliado à dificuldade de acesso da população aos escassos serviços, que em busca de atenção, vivem em forma de itinerário, de um lado para outro, pois convive-se com o descumprimento de pactuações entre os gestores e uma indefinição de responsabilidades.
Diante do empurra-empurra, o cidadão fica no meio, sem saber ao certo a quem deve recorrer para garantir o seu direito. Com isso, sem informação e necessitado de assistência, o cidadão estabelece relação direta com o hospital, reforçando ainda mais a lógica hospitalocêntrica, que leva à desestruturação da atenção básica enquanto modelo de estratégia e porta de entrada do usuário ao sistema. Em consequência, o principio da integralidade não se efetiva e perfaz-se a fragmentação do sistema desde a atenção básica até os serviços de média e alta complexidade, o que dificulta a visão holística do indivíduo.
Por outro lado a corrupção com o dinheiro da saúde nos acompanha desde sempre. Uma retrospectiva histórico-política da saúde revela que o financiamento e o repasse de recursos sempre foi insuficiente diante das necessidades.

O mau uso dos poucos recursos financeiros disponíveis – quando estes não vão engrossar contas bancárias – aliado a entraves políticos e burocráticos transformam, progressivamente, a saúde num caos sem solução que atinge diretamente as populações menos favorecidas.
E como no Brasil se convive com um sistema verticalizado que “alimenta” programas e sistemas de informação de serviços em saúde, os gestores nem sempre empregam os recursos da saúde de forma racional, transparente e responsável, até porque a maneira pela qual são administrados não está ao alcance e aos olhos da população e sempre encontrou-se um ‘jeitinho” de desviar os recursos destinados à saúde; além do mais, para locais sórdidos como meias e cuecas. Aonde iremos parar?
Mas a cada quatro anos, nós cidadãos, nos orgulhamos de ser brasileiros, nem que seja por um curto período que se restringe apenas às campanhas eleitorais, onde enchemos nosso peito de esperança e nos consolamos com promessas e discursos desenvolvimentistas inalcançáveis cada vez mais supérfluos, incoerentes e banais. É justamente nesse período que o cidadão fecha os olhos para o caos social, verifica-se uma tendência ao comodismo absurda e principalmente uma perda de memória inaceitável, já que a cara dos sanguessugas  e os escândalos vivenciados se tornam arquivo morto na consciência das pessoas.
Constantemente, ouvimos a seguinte frase, nas manchetes de revistas e jornais: Governantes prometem transformar o país! Não é raro se ouvir afirmações como esta! Mas será que os atuais governantes estão aptos a fazer o que propõem? Será que são capazes de dar uma esperança mínima à população de se viver num pais melhor? Até que ponto a honestidade só será usada como palavra e até quando se viverá com a incerteza do amanhã? Nós cidadãos não podemos depender de “políticas de governo de pão e circo” nem tampouco da benevolência dos gestores ou políticos.
Vale ressaltar que as CPIs não são a solução, nem trarão de volta os recursos desviados da receita da saúde ou, ao menos, resolver os problemas de saúde enfrentados pela população. Não há como negar que a corrupção é, sem dúvida, um dos grandes problemas atuais, e que o cidadão simples e trabalhador é o que mais sofre com seus efeitos e consequências.
Desviar o dinheiro público não significa apenas retardar o progresso de um país, mas assaltar o cidadão que paga impostos e roubar a esperança de que seus filhos vivam num futuro diferente da realidade em que vivem hoje.
É fato. Não são apenas bandidos e traficantes que insistem em manchar a dignidade do país. A frente de uma máfia de interesses comuns, a corja de saqueadores quando rouba o dinheiro que, por exemplo, seria destinado a hospitais, mata não se sabe quem ou quantos. O assassino de sangue frio e calculista, pelo menos, escolhe suas vítimas, olha nos seus olhos. O político corrupto além de assassino é, antes de tudo, covarde. E, ainda assim, não é culpado!?. A lei acoberta-os. E aqui cabe a pergunta: essa lei é a mesma que nos ampara enquanto cidadãos? Ficha limpa não passa de marketing. De paletó e gravata, as hienas descansam eternamente em berço esplêndido, num local onde justiça não há.
Três anos depois. . . no presídio aquele assassino, cumpre pena junto com tantos outros que se quer foram julgados e condenados. A "justiça" dos homens tarda, falha e custa caro. O político corrupto, por sua vez, em meio a acusações de fraudes e desvios solicita habeas-corpus preventivo, sem ao menos estar preso, algum tempo depois foi reeleito com maioria absoluta dos votos do seu estado/município e, assim, caminha para o seu segundo mandato de “representação do povo”.
No telejornal das seis, Maria do Carmo, doméstica e semi-analfabeta, uma das que o ajudou a se reeleger assiste ao julgamento do assassino indignada com a pena, que segundo ela, foi pequena diante da brutalidade do crime.
Não precisamos de um salvador da pátria! Há quem reclame e ache que não há solução. Assim como há quem conteste e lute pelos seus direitos. Não se pode esquecer que cada cidadão da mesma forma que tem o direito de eleger, tem o direito de cobrar dos governantes àquilo que se propuseram.
Em suma, os maiores culpados não são os bandidos, os corruptos, são os cidadãos como nós que silenciam em meio aos caos, e como a Maria, que “passa a mão na cabeça” dos malandros e ainda no seu discurso, culpa o governo e tão somente, pela falta de remédio no posto. Há quem afirme, categoricamente, que cada povo tem o governo que merece, pois assim o fez.

Versão Expandida e Adaptada
Escrito por: Jameson Moreira Belém.
(Enfermagem - 6º Semestre)

Perguntas sem respostas

O que você faria se recebesse o diagnóstico de uma doença incurável?Onde restassem poucos momentos para viver? E nada mais a se fazer?


Os pacientes portadores de doenças crônicas ou terminais além de enfrentarem a dor física que, a cada dia, debilita o corpo; sofrem muito ao lidar com a idéia de que a vida está no fim e que não existe chances concretas de cura.

Enxugar as lágrimas ou transformá-las num sorriso?

Analisar como mero observador a situação do próximo é fácil. Difícil é analisar com empatia e, no mínimo, tentar imaginar sob a ótica de que: "poderia e pode acontecer comigo e com qualquer outro"
Debater essa questão não é fácil, pois para muitas pessoas é uma realidade que não está acontecendo em suas vidas ou na vida dos que lhe são próximos (familiares ou amigos).

Como medir o sofrimento alheio?

O ser humano quando busca a assistência em saúde está exercendo seus direitos mas, conseqüentemente, perde-os quando já não é mais dono de si mesmo e capaz de decidir sobre sua própria vida.
Os médicos e familiares querem ou tentam de todas as formas, possibilidades e procedimentos encontrar a cura, mesmo quando as chances são escassas e as intervenções - possíveis e cabíveis - são de recuperação difícil e dolorosa. Diante de uma doença incurável, às vezes, é preciso parar de lutar!?, mas decidir isso é a questão! Difícil e, às vezes, inaceitável.

Prolongar a vida ou aceitar o fim?

Mais importante que a cura é o cuidado, respeitando a vida e a morte tudo a seu tempo, aliviando o sofrimento daqueles que a esperança, já é considerada um sonho e que a realidade, tem um preço alto.
E, acima de tudo, deixando-os aproveitar a vida até o último momento, felizes, sem sentir dor, fazendo o que gostam, do jeito que gostam e ao lado de quem amam.

Fim ou recomeço?

 Escrito por: Jameson Moreira Belém.
(Enfermagem - 6º Semestre)

Uma questão para se refletir


Às vezes fico a pensar... O que seria do “Professor” sem ajuda dos recursos áudio visuais? Alguns utilizam tais recursos como ferramenta auxiliar para o processo de ensino aprendizagem, porém, existem aqueles que se enganam ao achar que estão dando aula, quando na verdade apenas lêem o que está escrito. As aulas tornam-se monótonas, cansativas, estressantes e o conteúdo passa despercebido. Sei que existem alunos que não querem nada com vida, mas também sei que existem aqueles dedicados no que fazem. A esses fica a preocupação... “Será que devo estudar pelos slides?” Bom, não seria uma boa alternativa para quem quer se dar bem na vida, mas se o “Professor” recomenda e ainda afirma que sua prova está toda ali, por que não!?. No dia da avaliação os dedicados se deparam com uma prova um pouco complexa e não se saem bem, pois para quem não teve base e ainda estudou por resumos fica difícil obter êxito na prova e na vida profissional. Essa é uma das situações vivenciadas em muitas fábricas de diplomas, na qual são colocados, para o ensino de determinada área ou disciplina, pessoas sem nenhuma preparação e/ou experiência para o exercício de tal função. Os melhores profissionais não são aprendizes de doutores ou pós-doutores, mas sim de professores realmente capazes e dedicados em fazer àquilo que se propuseram. Em suma quem são os prejudicados? Primeiro: os próprios estudantes, segundo: o bolso de quem investe e terceiro: a sociedade que receberá os futuros “profissionais”.
Escrito por João Vicente de Meneses Filho
(Enfermagem - 8º Semestre)